Crioterapia é a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo, resultando numa retirada do calor corporal e, por meio disso, rebaixando a temperatura tecidual.
A crioterapia é uma modalidade terapêutica aplicada intensamente na Medicina do Esporte, principalmente o gelo, que é utilizado, embora muitas vezes, sem fundamentos de pesquisa científica
Os efeitos fisiológicos ocasionados pelo uso da crioterapia são: anestesia, redução da dor, redução do espasmo muscular, estimula o relaxamento, permite a mobilização precoce, melhora a amplitude de movimento, estimula a rigidez articular, redução do metabolismo, redução da inflamação, estimula a inflamação, redução da circulação, estimula a circulação, redução do edema, quebra do ciclo dor-espasmo-dor.
A escolha correta do método de aplicação deve ser baseada, principalmente, de acordo com a área a ser tratada, sendo que o tempo de aplicação varia tanto em relação ao método utilizado como a área, isto é, uma articulação que apresenta menor espessura do tecido adiposo (gordura), o tempo necessário para atingir o resfriamento é menor do que em uma outra área que possui uma maior quantidade de tecido adiposo.
Crioterapia
Crioterapia é um termo guarda-chuva que cobre um número de técnicas específicas. O termo crioterapia significa, literalmente, “terapia pelo frio”. Qualquer tipo de uso do gelo ou de aplicações do frio com objetivos terapêuticos é, dessa forma, crioterapia. Em outras palavras, crioterapia é a aplicação terapêutica de qualquer substância ao corpo, resultando numa retirada do calor corporal e, por meio disso, rebaixando a temperatura tecidual.
Aplicação de bolsas de gelo, massagem com gelo, aplicação de “cryomatic”, criocinética, que significa aplicação intermitentes de frio e exercícios ativos, crioestiramento, que são aplicações intermitentes de frio e estiramento de tecidos moles, banhos em água fria, como por exemplo, turbilhão frio ou imersão em balde com água com temperatura próxima a zero, cirurgia com gelo, conhecida como criocirurgia.
Todas estas técnicas encontram-se sob o termo “guarda-chuva” da crioterapia. Estas técnicas estão destinadas a cumprir diversos objetivos terapêuticos, portanto usar o termo crioterapia para referir-se a uma técnica específica gera muita confusão e cria conflito entre elas. As técnicas devem ser mencionadas pelos seus nomes específicos.
A crioterapia é uma modalidade terapêutica aplicada intensamente na Medicina do Esporte, principalmente o gelo, que é utilizado, embora muitas vezes, sem fundamentos de pesquisa científica.
Pesquisamos de 1990 a 2000 na MEDLINE usando palavras chaves como gelo, randomizados, crioterapia, fisioterapia e reabilitação. Encontramos 2 trabalhos controlados randomizados utilizando gelo, sendo um em tratamento pós-operatório em artroplastia total de joelho, e o outro na influência na dor em artrite reumatóide. Esses dois artigos científicos estarão disponível na página principal em Artigos Científicos.
Tomamos como referência de um trabalho adequado o número de pacientes, trabalhos randomizados com grupo controle, comparação estatística entre o grupo controle e o grupo experimental, observador cego e métodos de avaliação comprovados.
Inesperadamente e contrariamente à pratica clínica não encontramos literatura vasta a respeito, salvo efeitos fisiológicos, não encontramos material metodologicamente aceitáveis para a aplicação terapêutica do gelo, ou seja, não encontramos comprovação através da “medicina baseada em evidências”.
Esse conceito vem sendo amplamente aceito no “mundo científico” há vários anos em paises do primeiro mundo e começa a ganhar espaço no Brasil. A fisioterapia ainda não faz a “medicina baseada em evidências” no seu dia a dia, o que nos faz imaginar que as terapias são feitas sem serem comprovadas cientificamente, colocando em risco a saúde pública.
O MEDLINE contém 51 % das publicações da área médica mundial, com excelentes periódicos e suficientes para um trabalho de graduação.
Infelizmente não encontramos bases científicas correspondentes ao uso descontrolado do gelo terapêutico em nosso meio. Isso nos faz refletir se estamos realmente reabilitando.
Aconselhamos que as pesquisas de artigos científicos sejam feitas na BIREME
Segundo Michlovitz (1996) a crioterapia é administrada de várias maneiras. A escolha do agente a utilizar depende da acessibilidade da parte do corpo a ser tratada e do tamanho da área a ser resfriada. O pé pode ser melhor coberto por um banho de imersão frio, por exemplo, e o joelho por um bolsa fria amarrada ao redor do mesmo. O tratamento do tornozelo e da perna pode ser feito mais eficientemente por bolsas frias do que massagem com gelo.
Segundo Gould, 1993, uma pequena quantidade de sal pode aumentar os efeitos fisiológicos da crioterapia.
Freqüentemente a pele sob o agente resfriador irá ficar vermelha. Isso pode ocorrer por uma das duas razões. Primeiro, o O2 não se dissocia tão livremente da hemoglobina a baixas temperaturas, portanto, o sangue, passando através do sistema venoso, está altamente oxigenado, dando uma cor mais vermelha à pele. Seguindo depois de 10 a 15 min. da utilização da crioterapia, ao se mover o estímulo frio, uma “hiperemia” pode ocorrer, trazendo maior quantidade de sangue para o local.
Existe uma combinação de água e álcool (a cada 4 medidas de água adiciona 1 de álcool) para obter uma consistência gelatinosa, que facilitará a moldagem da articulação ou região a ser tratada. Essa mistura ocasiona uma sensação de ardência maior que a normal e por esse motivo temos que duplicar as atenções para não lesarmos a pele do paciente a ser tratado usando essa técnica da crioterapia.
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